Na última terça feira, dia 25, ás 10h aconteceu uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, para discutir questões relacionadas ao funk.
Esta Audiência foi o pontapé inicial para aprovação da lei que reconhece o funk como movimento cultural. A frente desta luta temos Mc Leonardo da Apafunk , deputados Marcelo Freixo, Wagner Montes, entre outros.
Na ocasião estavam lá jovens que nunca tinham ido a uma plenária assistir e lutar pelos seus direitos, outra fato muito importante foi a discussão sobre o lado positivo do funk na vida das pessoas.
Eu, Vinícius Mesqueu, coordenador e idealizador do PROJETO SOM DE TODOS, sai do evento feliz por presenciar o avanço das discussões, mas, por outro lado, chateado pelo fato de ainda existir tanto preconceito e está sendo preciso lutar pelo reconhecimento legal para que a sociedade e o Poder Público vejam e respeitem o funk como cultura.
Pergunto:
Se a musica é cultura por que o funk não é?
Se a poesia é cultura por que o funk não é?
Lembrando que não é lei que define o que é e o que não é cultura e sim atuação espontânea das pessoas como já acontece da zona norte à zona sul com o funk!
Peço a todos que reflitam sobre isso!
Não queremos ser contra a ninguém que esteja lutando pelo funk. Pelo contrario, damos parabéns e estamos à disposição para somar.
O PROJETO SOM DE TODOS trabalha pelo respeito aos envolvidos no funk. Pedimos aos profissionais da mídia, políticos, djs, mcs, empresários, policias e sociedade em geral que ajudem a defender o direito de todos se expressarem e mostrar sua cultura.
Queremos que todos tenham o direito de mostra sua arte na mídia.
CULTURA
DIREITO DE TODOS!!!
Reconhecemos que o funk, as vezes, é usado negativamente, mas na grande maioria ele é do bem. Tem relatos dele está em sala de aula ajudando no ensino de matérias.
No dia 1º de setembro as 18:30, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, terá a primeira votação dos projetos e lei 1.671/08 e 1.983/09, que tratam, respectivamente, da definição do funk como movimento cultural e musical de caráter popular e da revogação da Lei 5.265/08, que estabelece regras para a realização de eventos de música eletrônica, como festas raves e bailes funk.
ENDEREÇO: R. PRIMEIRO DE MARÇO,S/N – PRAÇA XV – RIO DE JANEIRO
PROJETOS DE APOIO AO FUNK SERÃO VOTADOS NA ALERJ NO PRÓXIMO DIA 1º
A Assembleia Legislativa do Rio vai votar, no próximo dia 1º, durante sessão extraordinária, a partir das 18h30, os projetos de lei 1.671/08 e 1.983/09, que tratam, respectivamente, da definição do funk como movimento cultural e musical de caráter popular e da revogação da Lei 5.265/08, que estabelece regras para a realização de eventos de música eletrônica, como festas raves e bailes funk. Foi o que informou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado Marcelo Freixo (PSol), após ler, durante audiência pública realizada nesta terça-feira (25/08), carta do presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB), apoiando o movimento. “Temos que aprovar esses projetos, que são de minha autoria com os deputados Wagner Montes (PDT) e Paulo Melo (PMDB), pois o funk precisa estar em cada esquina”, observou Freixo. No encontro, a secretária de Estado de Educação, Tereza Porto, afirmou que o Governo pretende dar ao movimento caráter pedagógico e, com isso, levá-lo para as escolas estaduais. “Através do funk, vamos estar mais próximos dos nossos alunos. As letras podem ser usadas de forma positiva, abordando temas importantes”, declarou Porto. Para o antropólogo Hermano Vianna, um dos principais estudiosos do assunto, esta terça foi muito importante não só para o funk, mas para toda a cultura do Rio de Janeiro. “O que está acontecendo hoje na Alerj é sinal de que a visão do estado com o movimento do funk pode mudar. O funk precisa deixar de ser visto como caso de polícia e essa lei confusa e contraditória que inviabiliza a realização dos bailes nas favelas precisa ser revogada. O funk tem a capacidade de se tornar um condutor da paz na cidade, e essa chance não pode ser desperdiçada”, alertou Vianna. O deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ) garantiu que vai apresentar na Câmara Federal, em Brasília, um projeto de lei para definir o funk como manifestação cultural. “É preciso reconhecer que ali há uma manifestação cultural que, crescentemente, envolve milhões de jovens no Brasil inteiro. É um canto, uma expressão e uma demanda, como foi o samba e a capoeira, que também já sofreram perseguições”, lembrou Alencar. A secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, classificou o funk como uma música “poderosa e de grande valor cultural”. “Hoje, o que se faz de cultura nova, genuína e contestadora no mundo inteiro vem muito das periferias das grandes cidades. O funk é essa manifestação das periferias do Rio de Janeiro, que sempre foi uma cidade que criou e exportou comportamento e cultura. O funk é muito importante e muito bem-vindo para o estado”, afirmou Rattes. O presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk), MC Leonardo, foi aplaudido de pé pelo público que lotou o plenário da Alerj ao afirmar que o funk é um movimento democrático que não obedece padrões de beleza pré-estabelecidos pela mídia. “Pagamos um preço muito caro por sermos tão democráticos. Unidos nessa associação, estamos em busca de direitos. Fica, hoje, o começo de uma nova era para a postura do estado com o funk e para a postura do funk com o estado”, frisou Leonardo. A cantora Fernanda Abreu relatou sua primeira experiência com o funk, no final da década de 80. “Vi ali a força de uma nova música carioca. A evolução do funk, desde então, passa pela evolução e desenvolvimento das comunidades. Já que queremos desenvolver a cultura naquele lugar, precisamos desenvolver aquele lugar primeiro”, defendeu Fernanda. Líder do Governo na Alerj, o deputado Paulo Mello (PMDB) classificou como “um deslize” a aprovação da Lei 5.265/08. “A proibição e a restrição da realização dos bailes empurram um movimento cultural legítimo para a clandestinidade. É importante que a gente aprove essa lei que revoga a anterior, pois será um privilégio poder voltar atrás e consertar um erro”, disse o peemedebista. Para o presidente da Comissão de Cultura da Assembleia, deputado Alessando Molon (PT), é importante estabelecer regras que sejam iguais para a realização de qualquer evento. “A sociedade precisa se sentir respeitada, e, para isso, políticas de apoio ao movimento precisam ser estabelecidas”, afirmou Molon. Também estiveram presentes na reunião o deputado Luiz Paulo (PSDB) e o DJ Marlboro, além de diversos secretários Municipais de Cultura e MCs.
Fonte: http://www.alerj.rj.gov.br/Busca/OpenPage.asp?CodigoURL=31452&Fonte=Dados